No caminho da minha casa até o ponto de ônibus, vou escutando música. E por conta disso, para não cair na mesmice, tento sempre que posso baxar cds que preciso ter na minha coleção, mas por falta de tempo monetário, ainda não tenho.
O CD da vez foi do Marcelo Camelo “Sou”, ou se preferir, “Nós” (eu prefiro o segundo nome). Quando o Los Hermanos entrou em recesso (na época não era fã) cheguei a conversar com um amigo sobre isso, e ele disse: “Já posso prever o destino deles, o Camelo fará um cd de mpb; e o Amarante juntará com alguma turma e fará algo voltado para o rock”. Agora que conheço o trabalho dos caras, posso afirmar que isso era bem óbvio. Como fã da banda, e principalmente da mensagem que eles traziam, e trarão, tenho que admitir que esse recesso foi ótimo. Pois se não acontecesse o Camelo não criaria seu primeiro trabalho solo.
Não sou critica de música (um dia serei, mas por enquanto passo longe disso), por isso escreverei a minha percepção quanto ao cd, os arranjos, as letras.
Fazia um bom tempo que não escutava algo tão místico, que não me deliciava com a melodia, e ao mesmo, conseguia me concentrar na letra. Sabe aquela sensação de paz? Aquela sensação de que o mundo pode acabar, mas você morreria feliz, pelo fato de morrer escutando algo tão peculiar?!
Para aqueles que não gostam de músicas bem trabalhadas; que demora um tempo, depois que a melodia começou, para entrar a letra; tentem escutar este trabalho. De preferência na calada da noite, pois é um álbum para você ouvir de madrugada. Quando as correntes se quebram e você se entrega para si mesmo, para os seus pensamentos. Pode ter certeza que as 14 faixas farão uma bela trilha sonora desse momento.
Como aconteceu comigo na sexta-feira. A última música que escutei no mp5, antes de desligá-lo para conversar com Bentinho, mais conhecido por Dom Casmurro, foi “Janta”. E por ter sido a última música, fiquei com ela na cabeça.
Mas quando Dom Casmurro começou a relatar-me um momento que viveu com Capitu, entreguei-me. Entreguei-me para o livro, para a música, para emoção, e para o momento. Senti o coração pulsar mais forte, e dei aquele sorriso involuntário que nasce e morre no cantinho da boca.
O CD da vez foi do Marcelo Camelo “Sou”, ou se preferir, “Nós” (eu prefiro o segundo nome). Quando o Los Hermanos entrou em recesso (na época não era fã) cheguei a conversar com um amigo sobre isso, e ele disse: “Já posso prever o destino deles, o Camelo fará um cd de mpb; e o Amarante juntará com alguma turma e fará algo voltado para o rock”. Agora que conheço o trabalho dos caras, posso afirmar que isso era bem óbvio. Como fã da banda, e principalmente da mensagem que eles traziam, e trarão, tenho que admitir que esse recesso foi ótimo. Pois se não acontecesse o Camelo não criaria seu primeiro trabalho solo.
Não sou critica de música (um dia serei, mas por enquanto passo longe disso), por isso escreverei a minha percepção quanto ao cd, os arranjos, as letras.
Fazia um bom tempo que não escutava algo tão místico, que não me deliciava com a melodia, e ao mesmo, conseguia me concentrar na letra. Sabe aquela sensação de paz? Aquela sensação de que o mundo pode acabar, mas você morreria feliz, pelo fato de morrer escutando algo tão peculiar?!
Para aqueles que não gostam de músicas bem trabalhadas; que demora um tempo, depois que a melodia começou, para entrar a letra; tentem escutar este trabalho. De preferência na calada da noite, pois é um álbum para você ouvir de madrugada. Quando as correntes se quebram e você se entrega para si mesmo, para os seus pensamentos. Pode ter certeza que as 14 faixas farão uma bela trilha sonora desse momento.
Como aconteceu comigo na sexta-feira. A última música que escutei no mp5, antes de desligá-lo para conversar com Bentinho, mais conhecido por Dom Casmurro, foi “Janta”. E por ter sido a última música, fiquei com ela na cabeça.
Mas quando Dom Casmurro começou a relatar-me um momento que viveu com Capitu, entreguei-me. Entreguei-me para o livro, para a música, para emoção, e para o momento. Senti o coração pulsar mais forte, e dei aquele sorriso involuntário que nasce e morre no cantinho da boca.
Antes de continuar lendo este post, clique no play logo abaixo, e leia-o com a música de fundo:
"Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo, devagar, e ficamos a olhar um para o outro...
Em verdade não falamos nada, o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas as quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se, e depois de vagarem ao perto, tornavam a meter-se uns pelos outros. As mãos unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mas uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer coisas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham..."
Agora mais do nunca tenho certeza que Machado vai muito além do Realismo e da Modernidade. Eu nunca entendia quando o pessoal me falava que para compreender e admirar Machado de Assis é preciso senti-lo. Que bom que não precisei de muito tempo para isso. E o que é melhor, pude contar com uma super trilha sonora desse momento.
Esses dois Ms têm um lugar todo especial na minha vida.
Esses dois Ms têm um lugar todo especial na minha vida.
=]
Um comentário:
Ah ah! O Camelo também tá no meu mp e no meu coração. Acho que não foi só porque Janta foi a última música que ela ficou na sua cabeça. Acho que é a música mais penetrante do disco - lindo, por sinal. Impecável a participação da Malluca, também. A versão de Santa Chuva com o autor também ficou a altura da original, com a Maria Rita. Aliás, tá chovendo agora, uma chuvinha gostosa... Ótima de trilha sonora pra ler teu blog. Voltarei mais vezes.
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