domingo, 24 de maio de 2009

A Base das Minhas Conquistas!


Quando eu era criança, a minha meta era conseguir alcançar o pé no chão, sentada no sofá.
Um pouco maior, o meu objetivo era conseguir pedalar na minha bicicletinha roxa, sem precisar da ajuda do meu Pai.
Assim que fui alfabetizada, o meu propósito era ler sem precisar parar, e ficar juntando as sílabas.
A primeira vez que me deparei com uma fórmula matemática, o meu maior sonho era conseguir decorá-la.
Admirava os músicos por tocar violão sem olhar para suas mãos, marcar o tempo de cada nota no pé, e ainda saber a posição de cada acorde.
Uma amiga me convidou para fazer parte de um canal de televisão, onde a programação é feita apenas por voluntários. Eu almejava manusear e entender tudo o que era me passado.
Assim que entrei no carro, o delegado olhou para mim e me mandou dar início no exame. Tudo o que mais queria era escutar: Parabéns! Você passou.
Nesse exato momento enfrento muitos anseios que às vezes me parecem inatingíveis. Como andar de bicicleta aos quatro anos de idade. Ou conseguir resolver uma equação do segundo grau.
Mas olhando minha caminhada que se deu inicio em 1.990, percebo que é mais um passo que darei rumo à conquista. Daqui algum tempo vou olhar para trás e pensar: “Ah! Fala sério, eu realmente achei que não fosse realizar isso?!”.
Afinal, eu sou movida por desafios e você?

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quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Desafio!

Quando Machado de Assis, ops... Dom Casmurro. Desafiou o leitor a terminar um soneto que não concluiu, dando dois versos ao “primeiro desocupado que os quiser”.
Não imaginaria no que poderia se transformar: “Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!” e (o mais fantástico na minha humilde opinião) “Ganha-se a vida, perde-se a batalha”.
Eu, que adoro um desafio, abracei a causa, e o resultado deu nisso:

Oh! Flor do céu! Oh! Flor cândida e pura!
Por que me deixaste assim?
Não vê que a minha alma se amargura
Quando estais longe de mim

Perco-me em meus pensamentos
Sonhando voltar para realidade
Mas o que vejo é apenas meu sofrimento
Tentando enganar a saudade

Meu juramento hei de cumprir
Sobre a promessa que me foi lançada
Você saberá quando eu sair
Procurarei-te sem medo minha amada

De todo esse tempo colherei a migalha
Pois nunca será minha vocação, e por você
Ganha-se a vida, perde-se a batalha.

Calma Tio Machado, não se mexa tanto no caixão assim. Apenas tentei expressar o que Bentinho não conseguiu. HAHAHAA

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terça-feira, 12 de maio de 2009

Uma Viagem... Apenas Uma Viagem...

Assim que pisei em casa, vim direto para o meu quarto e liguei o computador. Cá estou, para relatar um fato, que me tirou fora do sério. Mas como minha Mãe sempre teve muita paciência (tudo bem, não vamos exagerar) e me deu boa educação, aprendi a me controlar, quando na verdade, a minha vontade é pular no pescoço de um, e dizer poucas e boas.
Saí da empresa, super feliz, pois minha turma foi dispensada mais cedo. E saí correndo também, afinal minha sina é QUASE perder o ônibus que sempre pego.
No momento que sentei, meu encosto foi totalmente para trás (outra sina minha referente a ônibus, é sempre sentar nos bancos quebrados primeiro). Mudei de lugar, e de cara percebi que não mudaria o meu desconforto. Mas insisto em não escutar meu sexto sentido.
O cara que estava sentado na minha frente, estava com seu encosto praticamente na minha perna, e com a janela “arreganhada”. Tudo bem até aí. Afinal, quem mandou eu não escutar meu sexto sentido.
Só que o sol estava totalmente no meu rosto, e eu no auge da conversa com os amigos de trabalho, nem percebi que puxei a cortininha que protegia o rosto do cara. E nisso ele virou e disse com aquela expressão super simpática: “A SUA CORTINA É AQUELA”. E puxou a dele para frente novamente.
Eu fiquei super sem graça, pois não havia feito por mal. E durante o caminho, eu tive que vir encostada no banco dele, já que queria fazer parte da conversa e conseguir enxergar as meninas que eu conversava.
Quando eu menos espero, sinto alguém bater na minha mão, e no que olho, levo de encontro: “VOCÊ TIRA A SUA MÃO DAÍ, PORQUE ESTÁ ME ATRAPALHANDO.”.
Tirei minha mão, e senti algo subir e descer em mim. Sinônimo de que queria rasgar o verbo com o filho de uma... BOA MÃE! Me segurei ao máximo, não quis mais me concentrar na conversa do pessoal do trabalho, e só conseguia pensar: “Pensa que ele é um feiticeiro, se você falar alguma coisa pra ele, ele pode fazer mal pra você. Se concentre Mirela, e não esqueça: ELE É UM FEITICEIRO”. Idiota o pensamento? Sem dúvida alguma, mas deu resultado.
A hora que desci do ônibus, a raiva reinava sobre mim, porque na verdade eu queria ter olhado para aquele rostinho lindo, e ter dito: “Não sei se VOCÊ percebeu meu querido, mas VOCÊ está em um ônibus assim como eu, e tem os mesmos direitos que eu tenho, até porque ambos pagaram por essa viagem. Agora se VOCÊ quer conforto meu bem, por que não começa a andar de carro?!”.
Sabe, eu sei que ele estava no espaço dele, mas educação não custa nada. E outra, às vezes deixar o egoísmo de lado e ser mais sociável deixa o ambiente um pouco menos estressante. Não precisava ter colocado o encosto quase na minha perna, e se ele não tivesse feito isso, eu não precisaria colocar o meu braço posteriormente. Afinal, não era só ele que estava cansado.
Fatos como esses realmente me tiram do sério. Percebo que falta um abismo para alguns brasileiros se evoluírem como pessoas. E depois alguns têm a cara de pau de exigir isso e aquilo; do emprego, do salário, do cônjuge, dos filhos; e não se tocam que não têm o mínimo para tal.
O Lula e seu governo, prega tanto sobre educação. E pergunto eu: Do que adianta uma pessoa ter formação, se não tem instrução. Se não sabe pensar (uma vez pelo menos) coletivamente. Se não sabe se portar como um cidadão?!
Investimento em vão, pois antes de exigir uma boa formação e ajuda do governo, muitos brasileiros deveriam exigir boa educação e ter essa ajuda dos pais.
Mirela no seu mundo de contos de Fadas... Brasil no seu mundinho SUBdesenvolvido.

Precisava desabafar... Valeu pela atenção. Rsrs

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domingo, 10 de maio de 2009

Minha Missão

Porque quando eu sei que é domingo, eu acordo até mais feliz por lembrar que verei uma senhora, que soube construir “sozinha”, com dificuldade, mas determinação e honestidade. Duas gerações saudáveis e felizes.
Sim, eu sou apaixonada pela minha AVÓ!



Boa semana para vocês...


Prometo que amanhã posto uma foto. É que a legal da minha irmã deixou o meu pen drive na casa do namorado. Eu mereço né?!

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segunda-feira, 4 de maio de 2009

O Que a Gente Precisa?

Ontem véspera de feriado, me programei para...
Não foi pra balada, nem para ir ao cinema, e cheguei até recusar aquele chopinho com as amigas para colocar a “fofoca” em dias.
Me reservei para assistir a gravação do primeiro DVD da Vanessinha (aqueles que cogitarem Vanessa Camargo, eu juro que corto a cabeça fora, e sem dó), gravado ao vivo em Paraty, no final do ano passado.
Eu conheci a cantora através de uma professora; professora não, amiga; ou melhor, os dois. De princípio era professora, mas com o tempo e envolvimento nos tornamos grandes amigas.
Enfim, ela comentou da Vanessa e eu disse que não conhecia. Falou para eu pesquisar e procurar o trabalho dela que não me arrependeria, já que havia comentado que adorava MPB.
Quando eu vi a foto da Vanessa de cara pensei: “A Fer deve está de brincadeira comigo né!? Olha só para essa mulher, ela carrega uma samambaia na cabeça.” Logo em seguida escutei “Não me deixe só” o coração bateu mais forte era sinal de amor a primeira escuta (tempos depois a música estourou nas rádios).
Deixei o “pré-conceito” de lado e fui procurar saber mais sobre aquele ser tão peculiar. Assim que acabei de escutar “Viagem” começa... Com um som dedilhado, uma melodia que coloca você dentro da música... Quando menos percebe está totalmente emocionada, e envolvida com o momento, com o som. E se pega falando junto com a letra, mesmo sem ter ninguém (sinônimo de solteira), mesmo tendo 15 anos (minha idade na época) “Case-se comigo”.
A partir daí o processo foi mais rápido, pois havia aceitado para mim que aquela cantora era diferente do que estava acostumada escutar; aquelas letras eram totalmente diferentes das que estava acostumada a ler, ouvir e cantar.
Apesar da aceitação algo em mim continuava relutante. Mesmo com ela cantando “Música”. Mesmo me relatando o “Ano de 1890”. E me dizer “Ainda bem” por não ter “Onde ir”.
Faltava algo. Falta esta que veio com um simples “Sim”.
Estava eu, andando no corredor de casa, quando a Vanessa vocaliza: “Dararararara...”. Parei, curiosa para saber o que vinha, quando entra: “Como pode ser, gostar de alguém...”. Sentei e analisei a arte por mais de cinco minutos, mesmo ela não tendo todo esse tempo.
Em seguida corri na internet e peguei o violão. Todos os lugares que freqüentava; no luau que fiz em comemoração aos 18 aninhos de idade, no churrasco de família, quando vinham amigos em casa; cantava essa música, e assim que acabava a maioria queria saber o nome da música e quem cantava.
Fiz isso para divulgar (antes da novela global). Pois depois dessa música não precisei de mais nada para aceitar Vanessa da Mata. Mas o melhor estava por vir. Ganhei de presente de aniversário o CD da aceitação, o CD do “Sim”. Só para comprovar o que já estava convicto.
Para aqueles que acharam que a música que indicarei do CD é a “Amado” erraram. “Boa sorte” para vocês, porém não é essa. Mas, sim “Ilegais”.
Quanto à gravação do DVD, imagem os ritmos: reggae, samba, e aquele toque especial de Bossa Nova. Aglutinados. Contando com a participação de dois jamaicanos.
E um show a parte é a performance da Vanessa no palco, com aqueles vestidos lindos (sim, eu gosto) e aquele cabelo que só ela pode ter, pois lhe cai muito bem (com o tempo eu compreendi o porquê de tudo aquilo) e já virou marca registrada.
Em suma, como diz minha chefinha: “É tudo junto e misturado ao mesmo tempo”.

Computador é uma beleza (para não falar outra coisa) pois quando você precisa que ele colabore ele pifa, sim pifa, e o que é melhor sem nenhum "aviso prévio". E por conta disso, tive que escrever minha humilde opinião em um papel, em pleno feriado. Agora que ele voltou a ativa (depois de desembolsar uma boa quantia para seu médico) posso publicar meu texto em paz. Espero que não tenha nenhuma surpresa assim que clicar no publicar.


Pessoal, caso vocês se interessem pelas músicas que cito durante o texto e resolverem clicar para conhecê-las, eu peço por favor, que vocês só levem em consideração a música mesmo, porque a maioria dos "clipes" são horríveis (é melhor avisar né?!). Juro que tentei pegar os melhorezinhos, pois foi difícil achar os oficiais. Agora para você que viu os clipes deve tá pensando: "Imagine os piores?!". No que respondo: "Imaginee, se tiver coragem!".

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terça-feira, 21 de abril de 2009

Não Se Preocupe Tanto Com o Amanhã... Hoje Também É Uma Benção.


Essa vida é mesmo engraçada, todo começo de ano é a mesma ladainha...
Fazemos planos para isso e aquilo, juramos que conseguiremos cumpri-los da melhor forma, tentamos colocar na cabeça que só serão 365 dias de sacrifício, mas que será por algo que acreditamos ser melhor.
E hoje em pleno 21 de abril, percebo que todo esse projeto se desfez, mais do que nunca acredito que não mandamos em nada, nem mesmo em nossas vidas. O destino faz isso por nós.
Sabe aquela frase, que é mais clichê do que qualquer outra coisa: “O segredo é não correr atrás das borboletas, mas sim cuidar do jardim para que elas venham até você”.Pois é, nesse momento faz todo sentido, e resume bem o que é o destino e a vida, pelo menos a minha.
Quando queremos ter o controle, decidirmos, mandarmos e acertarmos em tudo. O destino nos prega uma peça, seja ela fruto do presente ou do passado. Pois só assim conseguimos perceber que não caminhamos sozinhos e que tudo o que é feito nessa vida envolve sentimento, por mais que em alguns casos não pareça.
Juro que cheguei a pensar que conseguiria me fechar esse ano, não me envolver com nenhum projeto, não conhecer novas pessoas. Pensei mesmo que poderia ficar nesse mundinho criado por mim e que só existia um ser: eu.
Errei e errei muito em criar esse estereótipo para o meu ano, só que nunca é tarde para refazer e repensar a vida. Decidi que não deixarei esses 365 dias passar sem deixar uma marca, sem ser intenso, sem ter envolvido com pessoas, sem ter conhecido e revivido novos sentimentos.
Meus projetos? Mais do nunca estão de pé, mais do que nunca busco por eles, mas agora quero alcança-lo de uma forma humana, quero alcança-lo com a ajuda de outras pessoas, e quando chegar a hora da conquista lembrar com amor e carinho, tudo o que caminhei para chegar até ali.
Quanto ao tempo, não me preocupo mais, pois o meu tempo é agora!

Foto tirada por mim mesma (HAHAHA) quando visitei Parque Villa Lobos em São Paulo. O lugarzinho que faz um bem enorme, além da sua beleza incontestável.


Para não perder o costume: Ao som de Joss Stone, nunca ouvi uma cantora branca com voz tão grave e tão linda, feito voz de negra.

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sábado, 11 de abril de 2009

E Dá-lhe Bacalhau Com Cerveja

Sentada na cadeira confortável na casa da Dona Hilda (minha avó), lendo revista, cuja reportagem era sobre a Vanessa da Mata e a gravação do Multishow ao vivo; escuto um dos meus primos passar com o som do celular ligado, e logo em seguida uma voz mais alta que o som, dizendo: “Desliga esse som menino, hoje não é dia de escutar música!”.
Segurei-me para não ser (ainda mais) a rebelde da família. Sabe quando o argumento está na ponta da língua? Foi difícil, mas consegui segurá-lo.

Já era quase final da tarde, hora de tomar aquele café reforçado na casa da Vovó, quando pergunto: “Tem bolo para comer com sorvete?”. E de imediato vem a resposta: “Hoje não é dia de comemorar”.
Novamente o espírito “Mirela Revoltada” quis entrar em ação, mas novamente consegui detê-lo. Não por acreditar que eu estava errada no argumento que rasgaria naquela sala. Mas para evitar ideologia combatendo com dogmas irreversíveis.

Se tem uma coisa que não me entra na cabeça é essa história de não poder comer carne vermelha e fazer coisas habituais na sexta-feira santa. Jesus morreu há mais de 2.000 anos, não comer carne não o trará de volta. Há quem diga que seja por respeito, mas respondo que estou comendo carne de boi, vaca e seja lá o que for, não carne humana, muito menos a carne Dele.

Não mudarei meu hábito por um dia, não me usurparei por conta de religião alguma, quem quiser me criticar por conta disso que critique. A minha crença é bem definida, e não será o consumo de carne vermelha (na sexta-feira santa) que mudará o que eu construí e construo com o Todo Poderoso, ele me conhece e sabe melhor do que ninguém o que sou.


Aos RELIGIOSOS que por ventura passarem por aqui, e se ofenderem com o texto, deixo bem claro que as afirmações são minhas, e se no seu ponto de vista eu estiver cometendo um pecado imperdoável perante à Ele, pode deixar que no Juízo Final eu tenho esta conversa numa boa com Ele, e a melhor parte: Sem precisar me estressar

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domingo, 5 de abril de 2009

Gira Mundo

Ela tem vontade de chorar, e ignorar tudo que conquistou. Esta vontade às vezes é mais intensa que o próprio objetivo.
Diz que ser forte não é sinônimo de ser guerreiro, como guerreiro não é sinônimo de valente. Você pode ser valente, mas ter medo da luta. Revela que é um exemplo clássico desta citação. Pois sempre se tachou como tal, mas agora está totalmente intimidada.
Os dias passam, e o prazo vai se limitando, mas de uma teimosia peculiar, ela se divide entre o ser, e o desistir. Só não desiste, porque traz consigo a ideologia de que o caminho trilhado descalço, entre as pedras e a chuva, é a única perspectiva que tem de encontrar um belo nascer do sol.
A estrada é a sua vida.


Não estranhe se eu ficar muito tempo sem postar, é que tá uma correria do lado de cá da tela.

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domingo, 22 de março de 2009

A Janta com Dom Casmurro

No caminho da minha casa até o ponto de ônibus, vou escutando música. E por conta disso, para não cair na mesmice, tento sempre que posso baxar cds que preciso ter na minha coleção, mas por falta de tempo monetário, ainda não tenho.
O CD da vez foi do Marcelo Camelo “Sou”, ou se preferir, “Nós” (eu prefiro o segundo nome). Quando o Los Hermanos entrou em recesso (na época não era fã) cheguei a conversar com um amigo sobre isso, e ele disse: “Já posso prever o destino deles, o Camelo fará um cd de mpb; e o Amarante juntará com alguma turma e fará algo voltado para o rock”. Agora que conheço o trabalho dos caras, posso afirmar que isso era bem óbvio. Como fã da banda, e principalmente da mensagem que eles traziam, e trarão, tenho que admitir que esse recesso foi ótimo. Pois se não acontecesse o Camelo não criaria seu primeiro trabalho solo.
Não sou critica de música (um dia serei, mas por enquanto passo longe disso), por isso escreverei a minha percepção quanto ao cd, os arranjos, as letras.
Fazia um bom tempo que não escutava algo tão místico, que não me deliciava com a melodia, e ao mesmo, conseguia me concentrar na letra. Sabe aquela sensação de paz? Aquela sensação de que o mundo pode acabar, mas você morreria feliz, pelo fato de morrer escutando algo tão peculiar?!
Para aqueles que não gostam de músicas bem trabalhadas; que demora um tempo, depois que a melodia começou, para entrar a letra; tentem escutar este trabalho. De preferência na calada da noite, pois é um álbum para você ouvir de madrugada. Quando as correntes se quebram e você se entrega para si mesmo, para os seus pensamentos. Pode ter certeza que as 14 faixas farão uma bela trilha sonora desse momento.
Como aconteceu comigo na sexta-feira. A última música que escutei no mp5, antes de desligá-lo para conversar com Bentinho, mais conhecido por Dom Casmurro, foi “Janta”. E por ter sido a última música, fiquei com ela na cabeça.
Mas quando Dom Casmurro começou a relatar-me um momento que viveu com Capitu, entreguei-me. Entreguei-me para o livro, para a música, para emoção, e para o momento. Senti o coração pulsar mais forte, e dei aquele sorriso involuntário que nasce e morre no cantinho da boca.
Antes de continuar lendo este post, clique no play logo abaixo, e leia-o com a música de fundo:



"Voltei-me para ela; Capitu tinha os olhos no chão. Ergueu-os logo, devagar, e ficamos a olhar um para o outro...
Em verdade não falamos nada, o muro falou por nós. Não nos movemos, as mãos é que se estenderam pouco a pouco, todas as quatro, pegando-se, apertando-se, fundindo-se. Os olhos fitavam-se e desfitavam-se, e depois de vagarem ao perto, tornavam a meter-se uns pelos outros. As mãos unindo os nervos, faziam das duas criaturas uma só, mas uma só criatura seráfica. Os olhos continuaram a dizer coisas infinitas, as palavras de boca é que nem tentavam sair, tornavam ao coração caladas como vinham..."

Agora mais do nunca tenho certeza que Machado vai muito além do Realismo e da Modernidade. Eu nunca entendia quando o pessoal me falava que para compreender e admirar Machado de Assis é preciso senti-lo. Que bom que não precisei de muito tempo para isso. E o que é melhor, pude contar com uma super trilha sonora desse momento.
Esses dois Ms têm um lugar todo especial na minha vida.

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quinta-feira, 12 de março de 2009

Por Enquanto

Em noites chuvosas me pego pensando em você
Imagino como deve ser cuidar dessas crianças perdidas
Maltratadas, humilhadas.

Em noites chuvosas me pego pensando em você
Lembro como deve ser amanhecer sem o pão para comer
Sem o direito de viver

Em noites chuvosas me pego pensando em você
Dando a vida pelos outros, fazendo o que acha ser certo
E muitas vezes mal interpretado é condenado pelo sistema

Em noites chuvosas me pego pensando em você
Iludo-me com a sua chegada, e percebo que não desistirá
Pois tem muito que caminhar.

Em noites chuvosas? Eu ainda estarei com você.

Ao som da saudosa Cássia Eller.
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terça-feira, 10 de março de 2009

Afogada Por Mim

Porque às vezes é preciso enfrentar o medo do novo, da mudança, da VIDA!

Boa Semana!

Esutando Tio Gil na calada da noite, existe coisa melhor?! Créditos para Central Perk, pois escutei (e relembrei) Esotérico passando por lá.

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domingo, 8 de março de 2009

A Grande Virada

Não gosto muito de convencionalismo. Essa coisa de Dia das Mulheres, Dia das Mães, Dia das Crianças, Dia da Consciência Negra.
Não se pode falar eu te amo e valorizar a mulher apenas nestes dias; prestar atenção num simples sorriso de uma criança somente no dia 12; sentir o arrependimento e tentar mudar, já que é quaresma; e refletir sobre os problemas que os negros enfrentaram (e ainda enfrentam), porque o dia “obriga” a fazer isso, já que em algumas cidades esse dia é considerado como feriado. Esses acontecimentos – fatos – não se resumem em 24 horas.
Mas hoje me renderei a esse tal de convencionalismo, e espero que seja somente hoje, pois não quero ter dias certos para questionar, discutir e observar esses tipos de “comemorações”.
Há uma semana vejo as chamadas de um canal de TV a cabo para o Dia Internacional da Mulher, e para comemorar o dia de hoje eles exibirão durante essas 24 horas: filmes, clipes, documentários, e afins. Em homenagem à elas. Me interessei por um dos filmes e me programei para vê-lo.
Acordei às 08h30 em pleno domingo (quem me conhece sabe, como eu adoro acordar cedo) só para ver o tal filme que chamou minha atenção. Às 09h00 estava deitadinha no meu querido sofá e observando o filme que começava. De cara pensei: “Acho que não é esse filme, devo ter visto o horário errado”. E logo em seguida o Tom Cruise entra em cena. Voltei para os meus botões: “Ai caramba é esse mesmo, não acredito que não é do jeito que imaginei”. Mesmo assim não desisti, continuei assistindo, esperaria até a cena da chamada do filme, se até lá eu realmente não me interassasse eu pararia (cena essa por sinal que só vi no final do filme).
O enredo prosseguiu, e lá pelo meio dele meus neurônios começaram a entrar em erupção, e quando acontece isso não sei se fico feliz ou triste, pois tenho que me dividir. Uma Mirela tenta prestar atenção no filme, e a outra se dedica aos seus pensamentos. Dessa vez (acho que) obtive sucesso.
Veio a seguinte pergunta: Do que nós mulheres realmente gostamos? (referente aos homens). O que eles precisam fazer para nos deixar completas? Lembrei-me também, do Marco Luque na apresentação do seu stand up, pois ele lança a pergunta: “Por que vocês mulheres têm que ser tão preocupadas e teimosas? O que nós precisamos fazer para agrada-las?”
Respondendo a minha pergunta e a indagação do Luque, a resultante foi:
Ao longo da História nos foi passado que não devemos fazer isso, sentir aquilo, pensar tal coisa, escolher o que realmente queremos. E ao passo que isso foi mudando e começamos a conquistar nosso espaço na sociedade, os homens esqueceram que podemos apóia-los e ajuda-los, sermos suas companheiras; e passaram a travar com nós, uma forte concorrência. Não apenas no mercado de trabalho, mas na parte sentimental, amorosa, conjugal.
Isso tornou algumas mulheres, em mulheres de ferro, as conhecidas feministas intoleráveis; algumas inseguras, pois não sabem até que ponto o homem é verdadeiro; outras dramáticas; e também as conhecidas teimosas, pois odeiam “dar o braço a torcer”.
O que realmente queremos? Queremos ser amadas, sem precisar implorar por isso, e que seja de forma natural. Queremos encontrar em nossos companheiros a amizade, a compreensão, a fidelidade e o carisma. Mas nada forçado; nada batalhado; nada pensado. Tudo verdadeiro e simples, como tem que ser.


A propósito o nome do filme, é o nome do título desse post. Quem não conferiu (acho meio improvável pois é de 1996) confira. Não foi à toa que ganhou Globo de Ouro, e concorreu ao Oscar de Melhor Filme.

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sábado, 7 de março de 2009

História, Literatura e Arte Caminham Juntos!

A Metáfora do Sertão em pleno século XXI. Ainda existe isso?

Escutando o novo cd de Victor e Léo, se não me engano traz como título o nome de ”Borboletas”, notei algo muito arredio. E precisei resgatar dessa minha memória que anda um tanto ausente comigo, os períodos literários que passamos para que chegássemos ao século XXI.
Quinhentismo, marcado pela era colonial; Barroco, acompanhado com a Santa Inquisição – tento, mas não compreendo porque Santa antecede Inquisição, já que de “divino” não tinha nada. Arcadismo, pronto, chegamos onde eu queria. Período literário que traz consigo a vida no campo, como um dos temas centrais, a idéia de fugir da cidade para buscar uma vida simples, um lugar ameno e agradável, sem luxo. E, em uma das músicas do Victor e Léo diz: “Nunca vi ninguém viver tão feliz, como eu no sertão. Perto de uma mata e de um ribeirão, Deus e eu no sertão”.
O Arcadismo foi de 1768 a 1838, e depois desse período a sociedade passou por várias transformações literárias. Romantismo, com obras do engajado Castro Alves; Realismo do nosso saudoso Machado de Assis; Naturalismo; Parnasianismo; Simbolismo; Pré Modernismo; para que então chegássemos na era Moderna. Foram transformações literárias e sociais, Revolução Francesa, Independência do Brasil, Abolição dos Escravos, Segunda Revolução Industrial, Primeira e Segunda Guerra Mundial, Guerra Fria.
Eu não entendo, passados séculos, com uma afamada metamorfose ambulante dessas (inesquecível Rauzito) alguém ainda consiga escrever letras tão mesquinhas. Pergunto-lhe, do que adiantou a briga de Manuel Bandeira, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade, para que fossem escritas obras relevantes para sociedade, que fizessem a sociedade pensar, analisar a sua volta, analisar por quem você é comandado e como é comandado? Ou melhor, músicos como Gonzaguinha, Chico Buarque, Caetano Veloso, Gilberto Gil, que deram a cara a bater durante a ditadura que o Brasil viveu. Para que serviu tanta revolta? De que adiantou serem vanguardas da música brasileira? Para chegar artistas do século XXI e voltar séculos fazendo jus há um tempo que não existe mais?

É fácil escrever “das horas não sei, mas vejo o clarão, lá vou eu cuidar do chão. Trabalho cantando, a terra é a inspiração, Deus e eu no sertão”. Pois não precisa pensar muito, só relatar algo que é óbvio, ou melhor, era óbvio, já que hoje em dia a tecnologia também atingiu o sertão.

A dupla iludi-se com o sucesso, e a sociedade se iludi com suas letras. Por isso me revolto quando vejo músicos e bandas boas, saindo do mercado, músicos que realmente oferece uma visão da sociedade do século XXI, letristas que dizem através de suas músicas verdades como: “Todo dia um ninguém José acorda já deitado. Todo dia, ainda de pé, o Zé dorme acordado. Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia. Toda trilha é andada com fé de quem crê no ditado, de que o dia insiste em nascer”. Mas sei que de nada adianta revoltar-me, pois o que o povo gosta é de música que gruda, ou música de fácil entendimento. Victor e Léo? Ainda vão longe meu povo.

Ao som de Elis Regina, tive mais certeza dessas MINHAS afirmações!

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sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Outra Noite Que Se Vai


Quando eu tinha menos de um mês de vida, você me colocou no sofá com uma almofada em cima, e em seguida pediu para a avó sentar para ver se eu morria esmagada (na época minha avó tinha uns 100 quilos).
Assim que aprendi a falar, e o que é pior, a andar, eu queria ir com você em todos os lugares, queria andar com a sua turma, e fazer tudo o que você fazia.
Quando éramos protótipos de gente, apostávamos para ver quem acabava a mamadeira mais rápido.
Sempre que o Pai ia na vídeo locadora, ele tinha que trazer os filmes: Estrelinha Mágica e Dirty Dancing. Eu chorava vendo a produção do Maurício de Souza, e você se encantava com o ritmo quente de Johnny Castle e Frances Houseman, pois desde pequena é apaixonada por dança.
Já em São Paulo, arrumei briga com algumas meninas na escola onde eu estudava, e o que é pior no dia que era para levar visita. E o argumento para me sair bem dessa confusão, era que tinha uma irmã mais velha e essa minha irmã acabaria com elas. No fim corremos praticamente o dia inteiro tentando fugir das meninas.
De volta a Santa Bárbara, ficamos super felizes quando a Mãe comprou uma beliche para nós, e depois de algum tempo preocupadas também, já que você sempre foi sonâmbula e descia da cama de qualquer jeito no meio da noite.
Sempre fazia meus deveres de Educação Artística, pois nunca me dei bem com a terceira arte. Sempre tirou sarro de mim (principalmente na fase que a gordura reinava sobre a minha pessoa), mas não gostava quando alguém de fora fazia isso. Quando caí da rede na casa da tia, para não inchar meu rosto, mais do que já estava, colocou carne moída congelada tentando ajudar. Você sempre fazia uma voz estranha fingindo ser um E.T no corpo da minha irmã, falava que tinha abduzido-a e que ela nunca mais voltaria, e eu chorava desesperada pedindo você de volta.
A primeira vez que fomos no cinema e no Mc Donald´s sozinhas, a hora que fomos comer tinha um garotinho pegando os restos dos lanches no chão, não gostamos do que vimos e você sugeriu que déssemos nossas batatas para ele, e fizemos isso.
Já caímos de biz juntas, e viemos rindo até em casa. Você já caiu de biz em frente ao mercado e eu presenciei, só que dessa vez só eu voltei rindo. Já brincamos de pega-pega na praça central em plena chuva, e no caminho de volta ficávamos pensando o que falaríamos para Mãe caso ela estive acordada.
E agora com dezoito anos e você com vinte e dois, completo hoje dia 26, percebo que nunca deixarei de “depender” de ti. Uma prova disso aconteceu há três dias, acabou a força eu estava usando o computador e você dormindo. Te acordei falando: “Má... Ô Má... Acabou a força, tô com medo, me leva na cama?”.
O que seria a nossa irmandade se não fossem as brigas? E o que seria do nosso amor se não fossem o companheirismo e as lembranças?!

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domingo, 22 de fevereiro de 2009

*Ave Cruz

Mal entrei para esse mundo, e já estou abandonando-o ?!
A correria do dia-a-dia me deixa sem tempo, melhor dizer, o estudo diário me deixa totalmente sem tempo.
E por falar em estudo, começaram minhas aulas (de cursinho) na segunda passada. Eu como sempre prevenida e adiantada, liguei na rodoviária às 5h00 para me informar o ônibus que pegaria e o horário. Em plena 5h00 sou obrigada a escutar: “Você estará pegando” “Não posso estar te ajudando” e assim por diante. Nada que um banho em seguida não resolveu.
Tudo lindo, Mamãe acorda para fazer café para filha; espera a filha sair do banho para ver se deu certo o horário do ônibus; filhinha dá beijinho na Mamãe antes de sair.
No caminho até o ponto onde eu entraria na Mercedes Bens, vou lutando contra a ansiedade e o medo do novo (sim, eu ainda tenho os sintomas do prézinho), até que paro (alguma coisa me fez parar) e olho para baixo, logo em seguida percebo que era um COCÔ - estava mais para merda do que qualquer outra coisa – e mais impressionada do que eu vi, foi notar que não havia pisado. Pensei: “Não é possível, eu desastrada do jeito que sou, não pisar nesse cocô (merda)?! Alguma coisa tem”. E realmente tinha.
Continuei meu caminho com meu inseparável amigo (mp5), cheguei no ponto e não demorou muito para o ônibus aparecer, entrei, paguei e assim que sentei conferi o troco (honrando o título de mão de vaca) e vi que tinha algo errado, quando olhei no destino do bilhete, confirmei que tinha, pois seguia para PIRACICABA!!! Fui falar com o motorista e este me confirmou, desci na parada seguinte. Nunca pensei que gastaria 5,00 reais para andar um quarteirão. E por mais que fosse coisa da minha imaginação, eu senti que todos do ônibus prestaram atenção no ocorrido, e sentiram vontade de rir.
Enquanto esperava o ônibus certo, não sabia do que sentia mais raiva:
1. Da minha burrice de não confirmar o destino da Mercedes.
2. Da mulher “gerundiana” e mais mula que eu, pois o mínimo que ela poderia ter feito, era me informar corretamente onde pegaria o ônibus e o horário, já que recebe para isso.
E cheguei a conclusão que era melhor rir de tudo aquilo, pois como boa pé quente que sou, era um sinal de que o ano letivo começaria bem. Sem ironias.



* Tenho um amigo que insisti em dizer que tenho um filme: "O Mais Curioso Caso de Mirela das Neves". O argumento dele é que nasci velha e morrerei velha. Estou quase acreditando nessa teoria, pois em pleno sábado de Carnaval, optei por ficar em casa e assistir "Onde os Fracos Não Têm Vez" (segunda vez, para ver se entendo, os cinéfilos que me perdoem mas acho que para compreender mesmo, terei que partir para uma terceira vez). Assim que acabou o filme vim para cá, atualizar o blog ao som da cantora Céu. Precisava desse tempo comigo e com "minhas" músicas, coisas que as marchinhas não me dariam. Quem sabe amanhã não seja o dia delas.

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domingo, 15 de fevereiro de 2009

Além do que se vê

Adoro fotojornalismo, foto em si já me fascina, mas fotojornalismo realmente prende a minha atenção. Observo-a como se olhasse um quadro, pois sei (pelo menos deveria ser) que o fotógrafo que executou tal arte, quer dizer algo além da imagem. E, é por essa mensagem nas entrelinhas que me encanto. Fico imaginando como conseguiu captar a imagem, reparo no enquadramento (não que eu saiba muito, mas o básico que sei, dá para enganar), e olho também para o figurante. Penso no que passa na cabeça da pessoa naquele momento. No caso de alegria muita satisfação, e no caso de tristeza, o desespero parece ser seu companheiro, como na foto abaixo:


"O coronel assassinou o preso; mas eu assassinei o coronel com a minha câmera". Palavras de Eddie Adams, fotógrafo na Guerra do Vietnã.



Neste ano o World Press Photo deu ao brasileiro Luiz Vasconcelos do jornal “ A Crítica”, o primeiro lugar na categoria “Notícias em Gerais”.

Mas uma que me impressionou tanto pela imagem quanto pela colocação, pois merecia o primeiro lugar e ficou em terceiro, na categoria "Sports Action", foi está:

Mas da foto ganhadora não há o que discutir:



E quanto a ela penso que: “A humanidade não tem raiva de determinado lugar, mas de determinadas pessoas que se renovam de quatro anos em anos!”.


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sábado, 14 de fevereiro de 2009

Como acabar com uma paquera via messenger

Pessoa: Oi, tudo bom?

Eu: Oi, tudo jóia!

Pessoa: Nossa é difícil encontrar você por aqui.

Eu: Realmente. Não tenho muita paciência para msn.

Pessoa: Você é brava mesmo, ou é só cara? (eu ri demais quando li isso, pois quem me conhece sabe como sou brava).

Eu: Hahahaha. Pode ter certeza que é só cara. Mas você também tem cara de bravo, ou também é só a cara?!

Pessoa: Pode ter certeza que é só a cara, pois sou calmo.

Eu: Hehehe. Acho que é a sina dos irmãos mais novos ter cara de IDIOTA! (juro que queria ter escrito BRAVO, mas meu cérebro processou uma coisa e a mão escreveu outra totalmente diferente).

Pessoa: Oloko. Ta me tirando de idiota?

Eu: Juro que não quis dizer isso.

Tentei me explicar, mas tenho certeza que foi em vão, assim que falamos tchau, ele disse para completar: “Não acreditei muito na desculpa do idiota, mas deixei passar porque achei você uma menina muito simpática”.

Ufaaa!! Quem diria que a minha simpatia serviria para alguma coisa um dia. Afinal não podia ficar um clima ruim entre nós, pois ele é irmão do namorado da minha irmã. Complicado né?! Pensando bem, não teria problema em ficar um clima.


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sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O Vento



Tudo encaminhava para ser a mesmice de sempre: acordar, comer, esperar Mamãe chegar, dar uma fuçada na rede, deitar com Mamãe na sala (com direito a Lilica em cima da minha barriga), ver TV, encher a paciência da Tata, voltar a fuçar novamente na rede e dormir.
Só que teve um detalhe que fez toda a diferença, tive que sair de casa para levar o remédio para vovó na casa dela. Resolvi ir de bicicleta, pois assim que saísse de lá aproveitaria para dar uma andada em alguns lugares que me fazem bem, aqui na minha cidade, (sim, têm lugares aqui em Santa Bárbara que me fortalecem, por incrível que pareça) já que eu estava precisando espairecer.
No caminho até a casa da D. Hilda parei na padaria e comprei alguns docinhos que imaginei que ela gostaria. Cheguei na casa dela, com minha bicicletinha e com a sacola na mão, assim que ela me viu abriu aquele “sorrisão” - que faz a gente se sentir o ser mais amado da face da terra – e mandou-me entrar.
Conversa vai, conversa vem, e eu observava aquela senhora de oitenta anos olhando para mim, e só me vinha na cabeça o filme “O Curioso Caso de Benjamin Button”. Pois há dezoito anos, era ela quem ia em casa, era ela que ligava quando chovia perguntando se eu estava com medo, era ela quem cuidava de mim. Fiquei ainda mais encantada por aquela mulher, me apaixonei ainda mais. (Mas a D. Hilda merece um post especialmente à ela, então pararei por aqui).
Saí de lá com mais vigor, mas ainda sentia que precisava de mais. Então percorri o caminho que faz eu repensar na vida e no que eu quero. Ao som de Luiza Possi (sim, não saio de bicicleta sem a presença do meu mp5) desci uma ladeira, berrando o que escutava e observando o que estava ao meu redor - a natureza. Logo em seguida desci da bicicleta e percorri de a pé um longo caminho, onde só tinha eu, minha bicicleta, meu mp5, e a natureza.
A rota final do “caminho da reflexão” foi parar em uma árvore – árvore essa que frequento desde criança, quando brigava com meus pais é lá que ia chorar, quando estava feliz é para lá que eu ia também, e para completar, era lá que me encontrava com meus ‘paqueras’- encostar a bicicleta e subir nessa árvore. Fiquei por longos minutos ali, só pensando e escutando meu mp5. A parte mais encantadora disso tudo, foi quando começou a tocar “O Vento” e acreditem ou não, mas começou a dar uma corrente de ar mais forte. Parecia que a natureza dizia para mim: “Não se preocupe demais com as coisas materiais, pois o que te dá mais felicidade, você não precisa comprar”.

*Alguns amigos, têm certeza que quando eu entrar na faculdade virarei hippie. Não nego, nem concordo. Mas uma coisa é certa, assim que cheguei em casa adorei entrar debaixo do chuveiro e tomar aquele banho abençoado.

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quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Esquadros

Nem tudo o que vemos é o que parece ser.


Hoje o dia é meio Adriana Calcanhoto, mesmo tocando em meu rádio o último cd do Los Hermanos.
Nesse momento meu amigo Rodrigo Amarante pergunta quem é mais sentimental que ele. E, eu respondo dentro de mim: Eu! Como tenho certeza que muitas pessoas já responderam isso para si mesmo.
O que é ser sentimental? É amar e não ser amado? É pedir um minuto de atenção quando você fala algo que realmente acha interessante, mas mesmo assim ninguém presta atenção? Quando sente aquela tremenda saudade, mas não fala para ninguém com medo de não ser compreendido? Quando chora de arrependimento por ter magoado alguém que você ama? Não! Não... Isso não é ser sentimental, é ser humano.
Faz parte da natureza do homem: nascer, crescer, amar, sofrer, chorar, casar, procriar, ser feliz, e morrer. É o grande chavão da humanidade, mas alguns barram esse caminho, outros dificultam, outros crescem para nascer, outros choram para amar e outros morrem sem serem felizes.
Há quem diga que ser sentimental, humano, é ser antiquado, é ser brega. Mas se o mundo fosse mais brega e menos competitivo, menos tecnológico, não esqueceríamos tão fácil das coisas simples, como um sorriso ao dizer bom dia para uma pessoa, caminhar no parque, andar de bicicleta, fazer uma visita surpresa na casa da avó da gente, pois só na casa de avó sentimos aquele aroma bom de bolo, aquela alegria inexplicável, aquele olhar.
Nós buscamos tanta facilidade para o dia-a-dia sem perceber que dificultamos a felicidade, que dificultamos o amor, a amizade.
Eu ainda prefiro ser humana, ser sentimental, prestar atenção nas cores, prestar atenção também no que minha irmã ouve. Eu ainda prefiro divertir gente e chorar ao telefone, assim como faz minha amiga Adriana Calcanhoto.


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terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Primeiro Andar!

Só no meu canto, aquele cantinho que tento encaixar meu violão e meu corpo, é que me entrego. É só naquele cantinho que não tenho medo do mundo e do que será de mim. É naquele cantinho que me encontro e não tenho receio do que penso nem do que falo para mim e meu violão. É apenas nesse cantinho que choro, rio, e me rendo.E a partir de hoje dividirei esse meu recanto com todos que por ventura passarem por aqui. Quero tornar-lo belo como a doce voz de Vanessa da Mata, e sensato quanto às letras de Ana Carolina. Alegre igual Marisa Monte e leve feito Adriana Calcanhoto. Quero discursar como Rodrigo Amarante e também lutar como o Seu Jorge. Enfim não quero apenas conhecimento, mas sim que a sabedoria também brilhe em mim.Espero que gostem dessa humilde roda de violão onde cantaremos de tudo e mais um pouco.

Até breve.

* O nome do título é uma música do Los Hermanos, confiram. Não se arrependerão.

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