quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Esquadros

Nem tudo o que vemos é o que parece ser.


Hoje o dia é meio Adriana Calcanhoto, mesmo tocando em meu rádio o último cd do Los Hermanos.
Nesse momento meu amigo Rodrigo Amarante pergunta quem é mais sentimental que ele. E, eu respondo dentro de mim: Eu! Como tenho certeza que muitas pessoas já responderam isso para si mesmo.
O que é ser sentimental? É amar e não ser amado? É pedir um minuto de atenção quando você fala algo que realmente acha interessante, mas mesmo assim ninguém presta atenção? Quando sente aquela tremenda saudade, mas não fala para ninguém com medo de não ser compreendido? Quando chora de arrependimento por ter magoado alguém que você ama? Não! Não... Isso não é ser sentimental, é ser humano.
Faz parte da natureza do homem: nascer, crescer, amar, sofrer, chorar, casar, procriar, ser feliz, e morrer. É o grande chavão da humanidade, mas alguns barram esse caminho, outros dificultam, outros crescem para nascer, outros choram para amar e outros morrem sem serem felizes.
Há quem diga que ser sentimental, humano, é ser antiquado, é ser brega. Mas se o mundo fosse mais brega e menos competitivo, menos tecnológico, não esqueceríamos tão fácil das coisas simples, como um sorriso ao dizer bom dia para uma pessoa, caminhar no parque, andar de bicicleta, fazer uma visita surpresa na casa da avó da gente, pois só na casa de avó sentimos aquele aroma bom de bolo, aquela alegria inexplicável, aquele olhar.
Nós buscamos tanta facilidade para o dia-a-dia sem perceber que dificultamos a felicidade, que dificultamos o amor, a amizade.
Eu ainda prefiro ser humana, ser sentimental, prestar atenção nas cores, prestar atenção também no que minha irmã ouve. Eu ainda prefiro divertir gente e chorar ao telefone, assim como faz minha amiga Adriana Calcanhoto.


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