quinta-feira, 29 de julho de 2010

Qual a Fórmula da Felicidade?


Fizeram a gente acreditar que amor mesmo, amor pra valer, só acontece uma vez, geralmente antes dos 30 anos.

Não contaram pra nós que amor não é acionado, nem chega com hora marcada. Fizeram a gente acreditar que cada um de nós é a metade de uma laranja, e que a vida só ganha sentido quando encontramos a outra metade.

Não contaram que já nascemos inteiros, que ninguém em nossa vida merece carregar nas costas a responsabilidade de completar o que nos falta: a gente cresce através da gente mesmo. Se estivermos em boa companhia, é só mais agradável.

Fizeram a gente acreditar numa fórmula chamada "dois em um": duas pessoas pensando igual, agindo igual, que era isso que funcionava.

Não nos contaram que isso tem nome: anulação. Que só sendo indivíduos com personalidade própria é que poderemos ter uma relação saudável.

Fizeram a gente acreditar que casamento é obrigatório e que desejos fora de hora devem ser reprimidos.

Fizeram a gente acreditar que os bonitos e magros são mais amados, que os que transam pouco são caretas, que os que transam muito não são confiáveis, e que sempre haverá um chinelo velho para um pé torto. Só não disseram que existe muito mais cabeça torta do que pé torto.

Fizeram a gente acreditar que só há uma fórmula de ser feliz, a mesma para todos, e os que escapam dela estão condenados à marginalidade.

Não nos contaram que estas fórmulas dão errado, frustram as pessoas, são alienantes, e que podemos tentar outras alternativas.

Ah, também não contaram que ninguém vai contar isso tudo pra gente. Cada um vai ter que descobrir sozinho.
E aí, quando você estiver muito apaixonado por você mesmo, vai poder ser muito feliz e se apaixonar por alguém.

[John Lennon]


ps¹: Respondendo minha pergunta do título: Penso que Felicidade não tem fórmula, não é uma ciência exata, passa bem longe disso. Cada um adiciona o que acha que deve e faz sua composição. O resultado? O tempo se encarrega de limpar a sujeira deixada (sim! sempre ele).

ps²: Qualquer outro argumento meu, estragaria toda essa essência, então paro aqui.

ps³: Música? Vamos lá então... Assinado Eu


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domingo, 18 de julho de 2010

21 Gramas


Quando o assunto é a sétima arte, tenho que admitir que não entendo quase nada. Só sei discutir o porquê gostei, e o porquê não gostei de determinado filme. (se bem que ultimamente os filmes que tenho assistido do Tarantino, tem prendido minha atenção mais do que o normal. Destaque para “Bastardos Inglórios”).

Em busca de um filme bom para assistir nesta noite fria de sábado, selecionei um que me chamou a atenção pelo nome. Pois um professor (só não me recordo se foi o de Redação ou Filosofia) super recomendou para galera do cursinho.

Colchão jogado na sala, edredom preparado só esperando por mim, e eu esperando o filme começar. Entra a vinheta, silêncio na sala.

Primeira cena apresenta um personagem, em seguida outro. Depois corta a cena e começa outra sem explicar a primeira, e assim caminha o filme. Parece complicado e chato demais, não é?!

Mas aí é que está o encanto, este jogo de cenas te deixa louca, e você vai montando o filme a medida que ele vai sortindo o enredo.

Quando se dá por si não está só tentando entender o filme, mas se indagando sobre sua própria personalidade.

Até que ponto vai sua Fé? O que é o tempo? E o amor, você sabe o que é isso? Se morre para viver, ou se vive para morrer? Se estivesse com os dias contados, esperaria a morte chegar, lutaria pela vida, ou puxaria o gatilho, escolhendo exatamente seu último suspiro? O que te separa da felicidade. Mas afinal, o que é felicidade?

Pode ter certeza que são as indagações acima, no mínimo essas, que você fará quando se deparar com a obra prima de Alejandro González-Iñárritu, “21 gramas”.

Você pode contar ainda com a ajuda do Sean Penn e Benicio Del Toro, para suas ideologias caírem por terra. (que bela ajuda hein?!).

O que são 21 gramas? Essa pergunta Alejandro González, responde ao término do filme:

Dizem que todos nós perdemos 21 gramas no momento exato de nossa morte.
Todos.
Quantas vidas vivemos?
Quantas vezes morremos?
Quanto cabe em 21 gramas?
Quanto é perdido?
Quanto perdemos em 21 gramas?
Quanto se vai com eles?
Quanto é ganho?
Quanto é ganho?
21 gramas.
O peso de cinco moedas de cinco centavos.
O peso de um beija-flor.
Uma barra de chocolate.
Quanto pesam 21 gramas?

Alguém se habilita responder?

ps¹: Sem musiquinha hoje... Sorry.

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terça-feira, 13 de julho de 2010

Mais do Mesmo


Em uma tarde de sábado, após chegar do supermercado com sua avó paterna, a garotinha fez seu ritual. Pediu a chave do carro do seu tio para ficar lá dentro sozinha escutando música.

Fuçando nos CDS que havia no carro, achou um que chamou atenção pelo nome, e sem muita empolgação colocou o CD para escutar. De supetão começa: “Tire suas mãos de mim, eu não pertenço a você...”. Embalado no refrão com: “Será só imaginação, será que nada vai acontecer, será que é tudo isso em vão...” Neste momento o coração da garota deu uma acelerada, pois passou um filme na sua cabeça. De quando era criança e ia com seus pais e irmã em período de férias passear pela avenida da cidade. Que sua Mãe comprava roupas para ela e a irmã participar dos Festivais de dança de verão e tudo mais.

As faixas seguintes passaram despercebidas, “Ainda é Cedo” e “Geração Coca-Cola”, mas quando começa a união dos acordes Mi e Lá seguindo a introdução: “Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração, e quem irá dizer que não existe razão...” Aquela garotinha de apenas 11 anos, se prende a música de uma forma que nunca acontecera. A medida que o Renato relatava a história de Eduardo e Mônica, a garota se divertia com tantas descrições irreverentes.

Passando novamente as faixas, pára na música dez. E não consegue pensar nem fazer mais nada. Sentindo-se totalmente entregue. Seus ouvidos só se concentravam na guitarra. Seu cérebro à letra. Ficou atônita, atordoada com a obra-prima. Escutou incansavelmente mais de dez vezes. Emocionou-se. Riu e chorou.


Ainda atordoada com tudo aquilo, leva seu xeque-mate quando chega na faixa 12 e escuta o Russo declarar: “De tarde quero descansar, chegar até a praia e ver, se o vento ainda está forte vai ser bom subir nas pedras sei...”. A partir daí não teve como negar. Foi conquistada. Como certeza de todo o encantamento, a garota só conseguia chorar, chorar e rir. Um choro da alma, o choro de descoberta, o choro de dor que sentia e não sabia o porquê. Mas o tempo lhe diria.


O tempo passou, a paixão pela banda Legião Urbana só fez-se aumentar. Mais músicas, mais relatos, mais descobertas. Todas às vezes que a garota escutava: “É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã...” Seu estômago doía (mesma sensação de quando se ama) e não entendia o porquê. Veio entender a dimensão de tudo aquilo, quando sua Mãe dá a luz, mais uma garota para completar um trio na família, e após 28 dias a menina recém-nascida dá seu último suspiro.


Depois da perda entendeu como ninguém tudo o que o Renato quis dizer com a letra. Entendeu o que é o fator tempo. O que é amar. E uma vez que aprendeu a lição corretamente, nunca mais esqueceu.

Essa menina se chama Mirela Renata das Neves e completa amanhã 20 anos de idade. Foi assim que ela descobriu o que era o rock, em todas as suas dimensões.


ps¹: Se por acaso alguém ler este texto e não conhecer Legião Urbana, eu só posso dizer, no mínimo, que crie vergonha na cara e escute pelo menos uma música.

ps²: A descrição das músicas citadas no texto, é do CD "Mais do Mesmo". Eu nem preciso dizer o que está rolando no som né?!

ps³: Espero que muitos que me conhecem e não entendem porque não enjôou de "Pais e Filhos" a partir do texto entenda. Pois poucas vezes toquei no assunto, e pretendo continuar assim.


Minha Salva ao Dia Mundial do Rock!!!!

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sexta-feira, 9 de julho de 2010

#Cazuzaday


Amor meu grande amor...

Pro dia nascer feliz eu preciso dizer que te amo, faz parte do meu show, o que a gente quiser, pois o tempo não pára.

Azul e Amarelo fez-se o mundo para nós, exagerado, me acalmo, me desespero.
Eu queria ter uma bomba, pois ando tão down. Acabar com esse pedaço do meu coração e redescobrir que o nosso amor a gente inventa.

Onde Todos Estão? Vida louca vida, por que a gente é assim?
Solidão? Que nada... Eu quero todo amor que houver nessa vida!



ps¹: Nem preciso dizer o que está rolando no som né!?

ps²:Selecionei as músicas que mais gosto, porém algumas por não serem tão conhecidas não tinha vídeos no youtube, por isso só coloquei a letra.


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Vagando...

Mexendo em alguns documentos aqui no pc, encontrei esta poesia e resolvi publicar... Por quê? Eu também não sei, deu vontade e ponto final. Sem mais...

Diz-me o que aconteceu com os dias, às horas, a vontade
A necessidade de me ver, a ansiedade de amar
O pensamento liberto, o desapego ao medo
O riso inocente ao olhar.

Joga-me como xadrez
Sem a chance de voltar
Finge minha ausência, quando estou no ambiente
Mas sei que sofre por negar.

Nega, recusa, repudia um sentimento que se fez nascer

Na pureza da conquista, da mais simples amizade
Quer me fazer crer que a minha companhia te aborrece
E que não sente mais saudade

Pode rejeitar e até desprezar, se é a forma que adotou
Para tentar esquecer
Alguém que um dia tu fez ver
Que poderia ser importante para você.


Ao som de Jorge Vercilo desejo a todos um ótimo feriado!!


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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Olha só quem voltou!!


Há um bom tempo que me cobro a volta neste espaço para compartilhar com quem por ventura passar por aqui, meus devaneios (ultimamente andam mais constantes que nunca), conquistas (ainda estou atrás delas) e fatos diários.

Minha desculpa era que queria esperar um layout personalizado que um colega de trabalho (não é mesmo @dimoura?!) prometeu-me dar de aniversário. Mas cansei de usar isso como desculpa e cá estou.

Falar que minha vida se resume a uma contínua montanha russa, é clichê demais, eu sei. Mas não vejo outra comparação equivalente. Passaram-se quase 400 dias e junto com eles, quanta loucura, choro, decepções, amores, reencontros, aventuras, descobertas, desafios, alegrias, conquistas e perdas...

Superei tudo (ou quase tudo) que indagava no último post, há mais de um ano. Consegui o “destaque” que almejava no trabalho. Tirei minha carteira de motorista. Continuei fazendo cursinho e fui reprovada no vestibular por três pontos (mas ainda não desisti, pois essa palavra é praticamente inexistente no meu Aurélio de vida). Consegui um estágio super #FODA em uma agência de comunicação digital, mesmo sem cursar o ‘tar’ do Jornalismo (escolhi essa profissão quando tinha dez anos de idade. Você ainda tem alguma dúvida de que posso ser outra coisa?). E descobri através de tudo isso (e muito mais, que não vem ao caso) que minha vida a cada mês, dia, hora, se torna uma linha tênue entre razão e emoção, ser ou não ser (ah! Nem Hamlet soube ao certo...), lutar ou mudar.

Enfim, como podem perceber ainda continuo a mesma Mirela de sempre, indagando, sonhando, buscando, se ferrando, sorrindo, chorando, mas lutando.

Sejam bem vindos novamente.

Até a próxima.


rolando no rádio CD do Paulinho Moska "Tudo Novo de Novo", nem preciso dizer que eu super recomendo né?!


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